Quando a vida começa diferente: Cuidado postural no cotidiano da equipe multiprofissional em terapia intensiva pediátrica.
PDF
PDF (English)

Palavras-chave

Unidade de Terapia Intensiva. Pediatria. Posicionamento do Paciente

Como Citar

Cardoso Júnior, O. P., & Pinto, J. M. de S. (2017). Quando a vida começa diferente: Cuidado postural no cotidiano da equipe multiprofissional em terapia intensiva pediátrica. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 10(4), Pág. 83–100. https://doi.org/10.18569/tempus.v11i1.2061

Resumo

Objetivo: Compreender as práticas da equipe multiprofissional no cuidado postural da criança cardiopata na unidade de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de estudo descritivo de cunho qualitativo, realizado na Unidade de Terapia Intensiva cardiopediátrica de um Hospital de referência no tratamento de doenças cardiacas e pulmonares em abril de 2016, com profissionais de saúde lotados há pelo menos seis meses na unidade atuando no manejo da criança no leito, mediante as técnicas de coleta de dados da observação participante e da entrevista semiestruturada. Na análise das informações obtidas utilizou-se a Análise de Conteúdo. A pesquisa obteve a aprovação do Comitê de Ética do Hospital com parecer nº 53399616.4.0000, em respeito à Resolução nº 466/2012. Resultados: Emergiram as seguintes categorias de análise: “Só mais uma vez... amanhã talvez”: a distância dos sujeitos nos processos de cuidado em saúde e “Oh me vira aqui... me mexe aqui”: outros modos de ser profissional de saúde. Conclusão: Há que se refletir criticamente acerca das ações e interações no contexto dos serviços de saúde sobre o que, como e quando falar; o que, como e quando olhar; como se posicionar e tocar. Importa compreender o que a criança transmite e tentar atender às suas necessidades como pessoa e não só como paciente.
https://doi.org/10.18569/tempus.v11i1.2061
PDF
PDF (English)

Referências

Kruel CS, Lopes RCS. Transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebê. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2012; 28(1):35-43.

Salgado CL, Lamy ZC, Nina RVAH, Melo LA, Lamy Filho F, Nina Vinicus JS. A cirurgia cardíaca pediátrica sob o olhar dos pais: um estudo qualitativo. Rev Bras Cir Cardiovasc 2011 jan/mar; 26(1).

Fontes NCF. Fatores Desumanizantes na assistência às crianças em Unidade de Terapia Intensiva pediátrica cardiológica num hospital público terciário em Salvador/BA [dissertação]. Salvador, BA: Superintendência de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Católica do Salvador; 2011.

Rolim EG, Gadelha LFP, Soares MVCL. Humanização Hospitalar no Cuidado em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica [dissertação]. [S.l.]: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva; 2011.

Balbino AC, Cardoso MVLML, Silva RCC, Morais KM. Recém-nascido pré-termo: respostas comportamentais ao manuseio da equipe de enfermagem. Rev enferm UERJ 2012; 20(esp. 1):615-20.

Viviane AG et al. Influência do posicionamento na frequência respiratória de lactentes. Revista Ter Man 2011; 9(46).

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002.

Xavier S, Nascimento M, Badolati M, Paiva M, Camargo F. Estratégias de posicionamento do recém-nascido prematuro: reflexões para o cuidado de enfermagem. Rev. enferm. UERJ 2012 dez; 20(esp.2):814-8.

Ramos CA. A assistência de enfermagem à criança hospitalizada por cardiopatia congênita [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010.

Rolim EG, Gadelha LFP, Soares MVCL. Humanização Hospitalar no Cuidado em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica [dissertação]. [S.l.]: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva; 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

Dalleggrave D. No olho do furacão, na ilha da fantasia: a invenção da residência multiprofissional em saúde [dissertação]. Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2008.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8a ed. São Paulo: Hucitec; 2004.

Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.

Brasil. Resolução CNS n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União 2013; 13 jun.

Araújo D, Gomes de Miranda MC, Brasil SL. Formação de profissionais de saúde na perspectiva da integralidade. Revista Baiana de Saúde Pública 2014; 31:20.

Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis 2004; 14(1):41-65.

De Carvalho YM, Ceccim RB. Formação e educação em saúde: aprendizados com a saúde coletiva. In: Campos GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Júnior M, Carvalho YM, organizadores. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006. p. 149-82.

Silva RCL, Louro TQ. A incorporação das tecnologias duras no cuidado de enfermagem em terapia intensiva e o desenvolvimento do discurso da humanização. Rev. enferm. UFPE on line 2010; 4(3):1557-64.

Malik AM. Trabalho em hospitais. Tempus Actas de Saúde Coletiva 2012; 6(4):63-76.

Peduzzi M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública 2001; 35(1):103-9.

Cecílio LCO, Merhy EE. A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. 5a ed. Rio de Janeiro: UERJ; IMS: Abrasco; 2007.

Marques CR. Contenção Mecânica em pediatria: uma forma de violência institucional [monografia]. Porto Alegre, RS: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2012.

Santos CI, Rosa GJ, Longo E, Oaigen FP, Regis G, Parazzi PLF. Influência do Posicionamento Terapêutico na Ventilação, Perfusão, Complacência e Oxigenação Pulmonar. Revista Brasileira de Ciências da Saúde 2010 out/dez; 8(26).

Anselmi ML, et al. Incidência de úlcera por pressão e ações de enfermagem. Acta Paul Enferm 2009; 22(3):257-64.

Galdino AS, Soares MM. Mobiliário hospitalar sob a ótica da ergonomia: o caso dos sistemas de descanso para acompanhantes pediátricos. Revista Ação Ergonômica 2011; 1(2).

Marques CR. Contenção Mecânica em pediatria: uma forma de violência institucional [monografia]. Porto Alegre, RS: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2012.

Farjado AP. Outros modos de ser profissional de saúde. In: Farjado AP, Dallegrave D, organizadores. RIS/GHC: 10 anos fazendo e pensando em atenção integral à saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição; 2014. p. 51-58.

De Carvalho YM, Ceccim RB. Formação e educação em saúde: aprendizados com a saúde coletiva. In: Campos GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Júnior M, Carvalho YM, organizadores. Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006. p. 149-82.

Batista KBC, Gonçalves OSJ. Formação dos profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde e Sociedade 2011; 20(4):884-99.

Feliciano V, et al. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva. Assobrafir Ciência 2012; 3(2):31-42.

Brasil. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

Silveira LR, Vargas TM. O Controle Social como Experiência de Ensino-Aprendizagem na Residência Multiprofissional em Saúde. In: Farjado AP, Dallegrave D, organizadores. RIS/GHC: 10 anos fazendo e pensando em atenção integral à saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição; 2014. p. 259-279.

Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7a ed. São Paulo: Paz e Terra; 1996.

Cecílio LCO, Merhy EE. A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. 5a ed. Rio de Janeiro: UERJ; IMS: Abrasco; 2007.

Campos GMS, Amaral MA. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais teóricos-operacionais para a reforma do hospital. Ciência e Saúde Coletiva 2007 ago; 12(4).

Furtado JP. Arranjos Institucionais e Gestão da Clínica: Princípios da Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade. Caderno Brasileiro de Saúde Mental 2009 jan/abr; 1(1).

Kopittke L, Toffoli MEG. A experiência da inserção da farmácia na RIS/GHC. In: Farjado AP, Dallegrave D, organizadores. RIS/GHC: 10 anos fazendo e pensando em atenção integral à saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição; 2014. p. 281-294.