Determinantes socioambientais e saúde: O Brasil rural versus o Brasil urbano.
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Palavras-chave

População rural
Fatores Socioeconômicos
Epidemiologia
Saúde Coletiva.

Como Citar

Sarmento, R. A., Moraes, R. M., Pinheiro de Viana, R. T., Pessoa, V. M., & Carneiro, F. F. (2015). Determinantes socioambientais e saúde: O Brasil rural versus o Brasil urbano. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 9(2), Pág. 221–235. https://doi.org/10.18569/tempus.v9i2.1718

Resumo

A população rural vive em condições de desigualdade socioeconômica, motivadas por vários problemas entre eles a insuficiência de sistemas de esgoto e abastecimento de água. Por vezes os maiores responsáveis pelo surgimento de doenças de veiculação hídrica, que contribuem para a elevação da mortalidade infantil além de outros problemas. As áreas rurais do Brasil são definidas por oposição e exclusão às áreas urbanas. Essa definição é arbitrária e físico-geográfica, não considerando os processos sociais e econômicos que envolvem os territórios. Esse estudo objetivou verificar por meio de aspectos sociodemográficos, saneamento ambiental e principais agravos/doenças de importância para saúde pública da população do campo da floresta e das águas se os municípios mais rurais (MMR) são mais precários que os mais urbanos (MMU). Para tanto realizou-se um estudo descritivo baseado em fontes secundárias (Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, censos do IBGE, PNAD e do Sinan). Entre os resultados tem-se que a população rural identificada pelo IBGE resume-se a 15,6% da população do Brasil. Em 29% dos municípios a população residente em área rural supera o urbano. As maiores frequências de IDMH muito baixo estão para os MMR, enquanto as maiores frequências de IDMH muito alto e alto estão para os MMU. Na área da saúde os MMR também apresentam deficiência. Observou-se altas taxas de incidência doenças relacionadas às condições deficitárias de saneamento básico. A partir destes resultados identificou-se um perfil de saúde mais precário nos MMR quando comparadas aos MMU.
https://doi.org/10.18569/tempus.v9i2.1718
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