Abstract
Este relato de experiência se refere ao
povo Piratapuia ou Waíkhana, que habita o
Noroeste do Estado do Amazonas. Neste caso,
mais especificamente ao componente desse
grupo étnico, no município de Santa Isabel
do Rio Negro. Relata-se a história do grupo
étnico enfatizando sua migração do alto para
o médio Rio Negro, a influência da missão
saleciana e da invasão dos garimpeiros bem
como a convivência com outros grupos étnicos
(tukano, yanomami, entre outros). A seguir, são
mostrados detalhes da organização social que
1 Estudante de Nutrição. Faculdade de Ciências da Saúde
(FS) – Universidade de Brasília (UnB);
2 Doutora em Sociologia. Professora do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), Coordenadora do Projeto
Vidas Paralelas Indígena (PVPi);
3 Doutor em Saúde Pública. Professor do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), tutor do PVPi;
4Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Saúde da UnB; Pesquisadora Associada do
Núcleo de Estudos em Saúde Pública / NESP, tutora do
PVPi;
5 Doutora em História. Professora do Departamento de
Enfermagem (FS/UnB), tutora do PVPi.
inclui a estrutura de clãs com suas hierarquias.
Descrevem-se as diversas associações
indígenas da região que conseguiram criar uma
consciência na população do municípío, onde
atualmente 90,0% se assume como pertencente
a grupos étnicos indígenas. No que se refere à
cultura, detacam-se as práticas de cura e autocuidado
providas pelos benzederos. A estrutura
sanitária pertence ao pólo de Sta. Isabel com
um hospital e uma unidade básica de saúde,
sendo que o Distrito Especial Indígena de
Saúde foi ampliado para garantir cobertura
ao médio Rio Negro. Porém apontam-se as
dificuldades geradas pelas enormes distâncias
de deslocamento